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quarta-feira, 11 de março de 2015

O primeiro século de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses, as primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias.

KAREN ALESSANDRA HUSEMANN

RA 1109761













ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
O primeiro século de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses, as primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias.





                                                 Centro Universitário Claretiano
                                                                                     Licenciatura em História  
História do Brasil I
Professor Rodrigo Touso Dias Lopes













POLO CAMPINAS
5° Semestre
2015
Objetivos
• Compreender o início da ocupação portuguesa na América.
• Refletir sobre o processo de criação do Antigo Sistema Colonial na América portuguesa.

Descrição da atividade
A partir do seu estudo, caracterize o primeiro século de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses, as primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias.
1) Razões que levaram os portugueses a se lançarem ao mar no final do século 15.

Introdução
O processo de construção do território nacional envolve tão somente os colonizadores bem como os que antecedem a esses (índios), e os que foram trazidos por estes (negros), são três povos distintos e com propostas diferentes, hábitos, costumes etc. Posteriormente a esses povos ajuntaram-se outros, advindos do continente europeu e asiático, como os judeus, os italianos, os espanhóis, alemães, árabes e japoneses. Esse conjunto de povoamento construiu, inicialmente e concomitantemente nosso território e identidade nacional.
A questão dos primeiros povos que habitaram nossas terras possui algumas teorias e não irei aprofundar esse tema por que não caracteriza a fase de colonização.
Podemos encontrar a grande motivação dos portugueses à colonizar o Brasil nas grandes navegações, porém, para que se cumprisse o fato histórico que marcaria época, outros decorrentes deste haveriam de se proceder.

Desenvolvimento
Ainda na Idade Média, ressurge naturalmente o comércio no continente europeu através das grandes navegações. Portugal foi o pioneiro na exploração dos mares, já que possuía a vantagem geográfica, sua posição na Península Ibérica facilitou em muito a expansão marítima fato este que, não explica o que iria engrandecer o século.
Possuindo um milhão de habitantes no final da Idade Média, Portugal contava com um comércio em contínuo desenvolvimento e Lisboa era o seu principal centro comercial marítimo. Sua geografia permitia a ligação entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa, o que certamente, atraía muitos negociantes e transações por toda a costa.
Ainda na questão geográfica, podemos colocar o fato de que Portugal localiza-se próximo à África que, por sua vez, fora palco de muitos colonizadores e exploradores, portanto, houve a chance de contato e de conquistas de diversos povos com os portugueses.
Desde o século 7° os povos islâmicos se apoderaram da Península Ibérica, essa ocupação resultou além de outros fatores, na influência que contribuiu significativamente para as condições favoráveis e necessárias às grandes navegações. A exemplo podemos citar o aperfeiçoamento do astrolábio e o uso das tábuas astronômicas, a transmissão do conhecimento científico grego da Antiguidade (obras de Aristóteles e Ptolomeu), que transformou a maneira de se pensar ciência, as velas, o uso da vela latina usada pelos mouros em navegações pela costa foi uma inspiração às usadas nas caravelas.
Instigado pelo comércio árabe, Portugal almejava tornar-se o principal distribuidor dos produtos africanos e asiáticos, porém quem dominava o comércio eram os muçulmanos que imperavam na distribuição de produtos de luxo, especiarias, escravos e ouro.
As regiões produtoras de ouro na Europa estavam apresentando uma escassez e Portugal precisava tomar o controle do comércio marítimo, pois os árabes superfaturavam esses produtos. Esse interesse dos portugueses foi de encontro com os interesses da Igreja que considerava os muçulmanos como inimigos e deveriam ser combatidos. A Igreja apoia a coroa portuguesa, expulsa o inimigo e legitima as ações de expansão comercial.  Este fato é relevante pois causou a centralização do poder real, permitindo assim que, os portugueses se organizassem econômica e politicamente e através da Revolução de Avis, surge a classe social burguesa que por sua vez investiu para encontrarem uma rota alternativa que buscasse o lucro no comércio de especiarias nas índias. O intuito da classe burguesa era de comercializar com diferentes partes do mundo fazendo jus ao capitalismo que ali se instalava.
Já os navegadores portugueses almejavam o périplo africano que alcançado por Bartolomeu Dias no ano de 1488 quando chegou ao Cabo da Boa Esperança, provando a existência de outros mares. Já o português Vasco da Gama chega no ano de 1498 às índias e finalmente no ano de 1500 o navegador Pedro Alvares Cabral aporta em terras do Novo Mundo.
A chegada do navegador em terra do Novo Mundo foi surpreendente pelo fato de pensarem que estavam na rota de comércio para o oriente e no entanto chegam em um lugar com a presença de habitantes de cabelos negros e esguios que andavam, inocentemente, nus e com uma imagem do panorama bem diferente do que esperavam encontrar como os biomas típicos que compunham as terras já habitadas pelos índios. O estreitamento das relações desse povos com os portugueses foi modificando a visão inicial europeia que, a princípio eram vistos coo pueris e dóceis e já não mais. Talvez pelo fato de ter sido ignorado questões como conflitos e contradições sociais, pois a formação nacional fora intensamente violenta contra esses povos.
O processo de ocupação dos portugueses em terras brasileiras inicia, então, com a chegada de Pedro Alvares Cabral no dia 22 de abril de 1500 com sua expedição maciça composta por várias caravelas na região, onde atualmente é Porto Seguro na Bahia, o que podemos afirmar que o processo de colonização no Brasil foi decorrente da expansão marítima e com intuito, ais tarde, de transformar a colônia sob fins lucrativos e nesse sentido a exploração portuguesa reinou durante as três primeiras décadas da colonização e expedições foram sistematizadas para levar das terras do Brasil, toda a madeira que pudessem encontrar, a exemplo. Também era realizados expedições para assegurar que os franceses não concretizassem seus interesses pela nova terra descoberta. Para garantir as explorações, os portugueses decidiram se organizar e depois colonizar as terras, produziu-se uma expedição por Martin Afonso de Souza e 1530, que resultou na fundação de São Vicente e janeiro de 1532 e em março do mesmo ano, escolhe pelo modelo de Capitanias Hereditárias. A intensão, neste caso, era de povoar rapidamente toda a costa, porém Portugal não possuía recursos suficientes e para que isso se tornasse possível, a coroa doava grandes lotes de terras aos lusitanos, para que com seu próprio esforço pudesse explorar os recursos que havia recebido das capitanias. Dom João III fez a divisão de terras em quinze faixas que integrava o sistema de capitanias e cada uma dessas terras era entregue a um membro da corte, de sua confiança o tornando capitão donatário que por sua vez, não poderia de forma alguma vender, apenas passar hereditariamente as terras que lhe fora oferecida. A Carta de doação e o Foral documentava o ato e dava ao capitão donatário, plenos poderes militares e civis para com os colonos que viviam na capitania. Ne todas as terras das capitanias prosperaram como se esperavam, com exceção das Capitanias de São Vicente e Pernambuco que utilizaram a exploração manufatureira do açúcar. Diante do fracasso, a Coroa resolveu criar o Governo-Geral, onde os capitães das capitanias deveriam a prestação de contas ao governador-geral.

Bibliografia
ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H. História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades 1, 2 e 3 co Caderno de Referencia de Conteúdo.

SILVA, Carmelindo Rodrigues. A EXPERIÊNCIA PORTUGUESA NO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO BRASIL. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_028.html>. Último acesso às 14:06 do dia 08?03/2015.
Oscar_Pereira_da_Silva_-_Desembarque_de_Pedro_Álvares_Cabral_em_Porto_Seguro_em_1500


Protocolo de correção: 10/03/2015 17:37 (Protocolo: 7948358)
Parecer do professor Rodrigo Touso Dias Lopes
"Gostei muito do seu trabalho, Karen, na forma e no conteúdo, parabéns! Como estou dizendo aos alunos, toda explicação para a expansão marítima portuguesa não pode se atentar a apenas uma causa, este é um daqueles eventos complexos o suficiente para serem analisados a partir de diversos fatores: econômicos, sociais, políticos, culturais, religiosos, históricos, geográficos, técnicos, conjunturais! Da posição geográfica de Portugal, historicamente mais voltado ao Atlântico que à Europa, isolado na Península Ibérica pelos Pirineus, refugiado em seu território desde as invasões bárbaras que chegaram aos vizinhos espanhóis. Da crise econômica do final do século XV, fruto dos novos arranjos, na balança da oscilação do centro econômico entre as cidades-estado italianas, Flandres e Constantinopla. Da oportunidade técnica aberta com a consagração das caravelas, com o advento de instrumentos de navegação mais precisos e com a efervescência de Sagres como polo difusor desse saber náutico e cartográfico. Da consolidação política de Portugal como um Estado Nacional desde a Revolução de Ávis, um século e meio antes. Da sociedade patriarcal de mentalidade católica e ainda medieval na qual filhos primogênitos possuíam as prerrogativas sobre heranças, gerando uma massa de pessoas dispostas a se arriscarem por uma vida melhor. Da Contra-Reforma que originou ordens religiosas reformadas que consagraram a evangelização como sua grande missão.

Enfim! Perceba que o que chamamos simplesmente de Grandes Navegações é a ponta do contexto de um novo paradigma que mudaria não apenas o entendimento sobre o mundo, mas também seu tamanho e sua organização geral, impondo a alguns territórios o colonialismo na forma de exploração da terra; impondo a outros a escravidão, na exploração de homens. O Brasil, como espaço inteligível, nasce com esse novo paradigma.


Um abraço,
Prof. Rodrigo."

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