KAREN ALESSANDRA
HUSEMANN
RA 1109761
ATIVIDADE DE
PORTFÓLIO
O primeiro
século de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses,
as primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias.
Centro Universitário Claretiano
Licenciatura
em História
História do Brasil I
Professor Rodrigo Touso Dias Lopes
POLO CAMPINAS
5° Semestre
2015
Objetivos
• Compreender o início da ocupação portuguesa na
América.
• Refletir sobre o processo de criação do Antigo
Sistema Colonial na América portuguesa.
Descrição
da atividade
A partir do seu estudo, caracterize o primeiro século
de ocupação portuguesa na América, incluindo a chegada dos portugueses, as
primeiras expedições e a montagem do sistema de capitanias hereditárias.
1)
Razões que levaram os portugueses a se lançarem ao mar no final do século 15.
Introdução
O processo de construção do território nacional
envolve tão somente os colonizadores bem como os que antecedem a esses
(índios), e os que foram trazidos por estes (negros), são três povos distintos
e com propostas diferentes, hábitos, costumes etc. Posteriormente a esses povos
ajuntaram-se outros, advindos do continente europeu e asiático, como os judeus,
os italianos, os espanhóis, alemães, árabes e japoneses. Esse conjunto de
povoamento construiu, inicialmente e concomitantemente nosso território e
identidade nacional.
A questão dos primeiros povos que habitaram nossas
terras possui algumas teorias e não irei aprofundar esse tema por que não
caracteriza a fase de colonização.
Podemos encontrar a grande motivação dos portugueses à
colonizar o Brasil nas grandes navegações, porém, para que se cumprisse o fato
histórico que marcaria época, outros decorrentes deste haveriam de se proceder.
Desenvolvimento
Ainda na Idade Média, ressurge naturalmente o comércio
no continente europeu através das grandes navegações. Portugal foi o pioneiro
na exploração dos mares, já que possuía a vantagem geográfica, sua posição na
Península Ibérica facilitou em muito a expansão marítima fato este que, não
explica o que iria engrandecer o século.
Possuindo um milhão de habitantes no final da Idade
Média, Portugal contava com um comércio em contínuo desenvolvimento e Lisboa
era o seu principal centro comercial marítimo. Sua geografia permitia a ligação
entre o Mediterrâneo e o Norte da Europa, o que certamente, atraía muitos
negociantes e transações por toda a costa.
Ainda na questão geográfica, podemos colocar o fato de
que Portugal localiza-se próximo à África que, por sua vez, fora palco de
muitos colonizadores e exploradores, portanto, houve a chance de contato e de
conquistas de diversos povos com os portugueses.
Desde o século 7° os povos islâmicos se apoderaram da
Península Ibérica, essa ocupação resultou além de outros fatores, na influência
que contribuiu significativamente para as condições favoráveis e necessárias às
grandes navegações. A exemplo podemos citar o aperfeiçoamento do astrolábio e o
uso das tábuas astronômicas, a transmissão do conhecimento científico grego da
Antiguidade (obras de Aristóteles e Ptolomeu), que transformou a maneira de se
pensar ciência, as velas, o uso da vela latina usada pelos mouros em navegações
pela costa foi uma inspiração às usadas nas caravelas.
Instigado pelo comércio árabe, Portugal almejava
tornar-se o principal distribuidor dos produtos africanos e asiáticos, porém
quem dominava o comércio eram os muçulmanos que imperavam na distribuição de
produtos de luxo, especiarias, escravos e ouro.
As regiões produtoras de ouro na Europa estavam
apresentando uma escassez e Portugal precisava tomar o controle do comércio marítimo,
pois os árabes superfaturavam esses produtos. Esse interesse dos portugueses
foi de encontro com os interesses da Igreja que considerava os muçulmanos como
inimigos e deveriam ser combatidos. A Igreja apoia a coroa portuguesa, expulsa
o inimigo e legitima as ações de expansão comercial. Este fato é relevante pois causou a
centralização do poder real, permitindo assim que, os portugueses se
organizassem econômica e politicamente e através da Revolução de Avis, surge a
classe social burguesa que por sua vez investiu para encontrarem uma rota
alternativa que buscasse o lucro no comércio de especiarias nas índias. O
intuito da classe burguesa era de comercializar com diferentes partes do mundo
fazendo jus ao capitalismo que ali se instalava.
Já os navegadores portugueses almejavam o périplo
africano que alcançado por Bartolomeu Dias no ano de 1488 quando chegou ao Cabo
da Boa Esperança, provando a existência de outros mares. Já o português Vasco
da Gama chega no ano de 1498 às índias e finalmente no ano de 1500 o navegador
Pedro Alvares Cabral aporta em terras do Novo Mundo.
A chegada do navegador em terra do Novo Mundo foi
surpreendente pelo fato de pensarem que estavam na rota de comércio para o
oriente e no entanto chegam em um lugar com a presença de habitantes de cabelos
negros e esguios que andavam, inocentemente, nus e com uma imagem do panorama
bem diferente do que esperavam encontrar como os biomas típicos que compunham
as terras já habitadas pelos índios. O estreitamento das relações desse povos
com os portugueses foi modificando a visão inicial europeia que, a princípio
eram vistos coo pueris e dóceis e já não mais. Talvez pelo fato de ter sido
ignorado questões como conflitos e contradições sociais, pois a formação
nacional fora intensamente violenta contra esses povos.
O processo de ocupação dos portugueses em terras
brasileiras inicia, então, com a chegada de Pedro Alvares Cabral no dia 22 de
abril de 1500 com sua expedição maciça composta por várias caravelas na região,
onde atualmente é Porto Seguro na Bahia, o que podemos afirmar que o processo
de colonização no Brasil foi decorrente da expansão marítima e com intuito, ais
tarde, de transformar a colônia sob fins lucrativos e nesse sentido a
exploração portuguesa reinou durante as três primeiras décadas da colonização e
expedições foram sistematizadas para levar das terras do Brasil, toda a madeira
que pudessem encontrar, a exemplo. Também era realizados expedições para
assegurar que os franceses não concretizassem seus interesses pela nova terra
descoberta. Para garantir as explorações, os portugueses decidiram se organizar
e depois colonizar as terras, produziu-se uma expedição por Martin Afonso de
Souza e 1530, que resultou na fundação de São Vicente e janeiro de 1532 e em
março do mesmo ano, escolhe pelo modelo de Capitanias Hereditárias. A intensão,
neste caso, era de povoar rapidamente toda a costa, porém Portugal não possuía
recursos suficientes e para que isso se tornasse possível, a coroa doava
grandes lotes de terras aos lusitanos, para que com seu próprio esforço pudesse
explorar os recursos que havia recebido das capitanias. Dom João III fez a
divisão de terras em quinze faixas que integrava o sistema de capitanias e cada
uma dessas terras era entregue a um membro da corte, de sua confiança o
tornando capitão donatário que por sua vez, não poderia de forma alguma vender,
apenas passar hereditariamente as terras que lhe fora oferecida. A Carta de
doação e o Foral documentava o ato e dava ao capitão donatário, plenos poderes
militares e civis para com os colonos que viviam na capitania. Ne todas as
terras das capitanias prosperaram como se esperavam, com exceção das Capitanias
de São Vicente e Pernambuco que utilizaram a exploração manufatureira do
açúcar. Diante do fracasso, a Coroa resolveu criar o Governo-Geral, onde os
capitães das capitanias deveriam a prestação de contas ao governador-geral.
Bibliografia
ADÃO, M. C. O.; SANCHES, E. L.; SALDANHA, F. H.
História do Brasil I. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades
1, 2 e 3 co Caderno de Referencia de Conteúdo.
SILVA, Carmelindo
Rodrigues. A EXPERIÊNCIA PORTUGUESA NO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO
BRASIL. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_028.html>.
Último acesso às 14:06 do dia 08?03/2015.
Oscar_Pereira_da_Silva_-_Desembarque_de_Pedro_Álvares_Cabral_em_Porto_Seguro_em_1500
Protocolo de correção: 10/03/2015 17:37 (Protocolo: 7948358)
Parecer do professor Rodrigo Touso Dias Lopes
"Gostei muito do seu trabalho, Karen, na forma e no conteúdo, parabéns! Como estou dizendo aos alunos, toda explicação para a expansão marítima portuguesa não pode se atentar a apenas uma causa, este é um daqueles eventos complexos o suficiente para serem analisados a partir de diversos fatores: econômicos, sociais, políticos, culturais, religiosos, históricos, geográficos, técnicos, conjunturais! Da posição geográfica de Portugal, historicamente mais voltado ao Atlântico que à Europa, isolado na Península Ibérica pelos Pirineus, refugiado em seu território desde as invasões bárbaras que chegaram aos vizinhos espanhóis. Da crise econômica do final do século XV, fruto dos novos arranjos, na balança da oscilação do centro econômico entre as cidades-estado italianas, Flandres e Constantinopla. Da oportunidade técnica aberta com a consagração das caravelas, com o advento de instrumentos de navegação mais precisos e com a efervescência de Sagres como polo difusor desse saber náutico e cartográfico. Da consolidação política de Portugal como um Estado Nacional desde a Revolução de Ávis, um século e meio antes. Da sociedade patriarcal de mentalidade católica e ainda medieval na qual filhos primogênitos possuíam as prerrogativas sobre heranças, gerando uma massa de pessoas dispostas a se arriscarem por uma vida melhor. Da Contra-Reforma que originou ordens religiosas reformadas que consagraram a evangelização como sua grande missão.
Enfim! Perceba que o que chamamos simplesmente de Grandes Navegações é a ponta do contexto de um novo paradigma que mudaria não apenas o entendimento sobre o mundo, mas também seu tamanho e sua organização geral, impondo a alguns territórios o colonialismo na forma de exploração da terra; impondo a outros a escravidão, na exploração de homens. O Brasil, como espaço inteligível, nasce com esse novo paradigma.
Um abraço,
Prof. Rodrigo."
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Karen Hüsemann