KAREN
ALESSANDRA HÜSEMANN
Centro
Universitário Claretiano
Licenciatura em História
Optativa de formação – Teoria Política
Prof. Rodrigo
Modesto Nascimento
Campinas - 24 de
agosto de 2014
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Atividade de Portfólio
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Os
diferentes conceitos e autores da Teoria Política
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Os
diferentes conceitos e autores da Teoria Política
Apresentação
Esta
atividade propõe ressaltar a importância dos autores clássicos da Teoria
Política, resultando na compreensão desses fenômenos ao longo do tempo. A
comparação que aqui será feita entre dois dos principais autores visa
concretizar que, para tanto, precisamos entender o universo político e,
portanto, aprendermos com essas lições, o que nos coloca frente aos problemas
que enfrentamos através da reflexão política.
As principais ideias
políticas
Sob
a perspectiva política comparo os seguintes pensamentos: - John Locke e Thomas
Robbes.
Considerado
o “pai do Iluminismo”, John Locke defende a ideia de liberdade dos cidadãos
como propriedade do direito natural. Locke não faz distinção entre a sociedade
civil e sociedade política, pois o poder supremo deve ser o legislativo. A
política de Locke define-se como pacífica e pelo Estado de natureza onde os
homens são livres e iguais. Pode haver uma guerra, mas não necessariamente,
como declara Hobbes. Para Locke, o motivo principal para que os homens se
reúnam em sociedade e deixem seu estado de natureza é justamente de evitar uma
guerra.
Assim
como Locke, Thomas Robbes parte da mesma base jus naturalista, porém apresenta grandes diferenças sob a questão.
Robbes entende a passagem de estado natural por meio de um Contrato Social onde
os indivíduos saem em virtude de este ser um estado de guerra. Para ele o homem
é mau por natureza, defende o conservadorismo e a soberania política. Os homens
tem o desejo de acabar com a guerra e para tanto, decidem-se formar uma
sociedade que acontece através de um contrato social. O Contrato Social declara
fim às lutas mortais do estado de natureza de Hobbes ou do estado de sociedade
de Rousseau, sendo que, para Locke A intenção do estado civil é evitar um
estado de guerra, pois o estado de natureza do homem é definido como pacífico,
sendo eles livres e iguais, bem diferente do contrato de abdicação desses
direitos sob um Estado soberano de Thomas Hobbes.
A partir de estudos e leituras sobre a Teoria Política,
baseadas nos escritos de Nicolau Maquiavel, na obra "O Príncipe", é
possível relacionar a concepção política desse autor com as práticas adotadas
pelos políticos no Brasil? Justifique sua resposta.
Considerado
o fundador da Ciência Política Moderna e autor de – “O Príncipe”, livro mais
importante e difundido e que contém ensinamentos políticos de como o príncipe
deve governar e quais as estratégias que devem usar para manter o seu Estado, Nicolau
Maquiavel. O autor define que o principal problema de um Estado é a
instabilidade. Apaixonado por política como instrumento de poder visava a
tomada e manutenção desta através de ações concretas de um governante eficiente
e astuto. Substituiu a bondade e a divindade pela eficácia rompendo padrões da
Idade Média, época em que a Igreja tinha influência nas questões políticas.
Neste período histórico, a Igreja estava em toda parte, senhores feudais, poder
nas mãos da Igreja, Maquiavel surge para descentralizar este poder entre os
senhores feudais. Deus, não é mais o centro do universo nas questões políticas.
Maquiavel separou o Estado da religião. Sua política era baseada no requinte de
crueldade sendo que, essa deveria ser empregada nos momentos devidos, ou seja,
na tomada de poder e em seguida substituída por atos que beneficiem seus
súditos, pois esqueceriam rápido e não causaria um clima de terror.
Na atualidade, os políticos do Brasil adotam de
modo geral e na minha visão, quase toda concepção política de Maquiavel.
Justifico esta afirmativa já referenciada, principalmente em relação aos
princípios de crueldade. Podemos identificar claramente esta posição dos
políticos em relação a nossa sociedade. Com
certeza de que Maquiavel está mais vivo do que nunca com a sua obra O Príncipe.
O exercício do poder em nosso país é dedicado à eficácia assim como em
Maquiavel. O que ainda parece ser bem pior é a questão dos eleitores não se
importarem com a política e isto os deixam nas mãos de quem a detém. Outra vez
faz jus a obra de Maquiavel quando na época a Igreja detinha além do poder,
também a informação. Desta vez o povo não se interessa, mas o resultado é o
mesmo. A frase de Maquiavel que diz “Os fins justificam os meios” é clara em
nosso meio político. Querem tomar e manter o poder a qualquer custo, sem ética,
moral, ideologia, mas sim e com certeza, dentro de uma hipocrisia e cinismo
constante e bem debaixo do nosso nariz. E depois de tanta crueldade, parece que
nos esquecemos de tudo o que aconteceu e a indiferença surge como nada de mal
nos tivessem-nos feito. Características intrínsecas do pensamento de Maquiavel.
O que interessa no perfil do político no Brasil é o poder, ganhar a política a
qualquer custo. Abre-se mão de princípios para se obter o controle do poder na
política. Isso nos deixa claro como ainda que Maquiavel quando escreveu o livro
“O príncipe” além de marcar seu próprio tempo nos deixou herança de uma
política baseada e dedicada na eficácia da tomada e manutenção do poder a
qualquer custo.
Bibliografia
SALES, C. M. R. Teoria Política. Batatais: Claretiano,
2013. Introdução e Orientações para
Estudo e Unidade 1. (Material de Apoio do Centro
Universitário Claretiano).
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Karen Hüsemann