SAUDOSO...
João Rubinato,1 (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), mais conhecido como Adoniran Barbosa, foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.
O seu primeiro sucesso como compositor vira canção obrigatória das rodas de samba, das casas de show: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo. Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro, com sucesso retumbante. Arguto observador das atividades humanas sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitária. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.
Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde. Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Mas inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos à eletricidade. São rodas-gigantes, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs... Fiel até o fim à sua escolha. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental. Adoniran Barbosa morreu em 1982, aos 72 anos de idade.
Discografia
1951 - "Os mimosos colibris/Saudade da maloca" (78 rpm)
1952 - "Samba do Arnesto/Conselho de mulher" (78 rpm)
1955 - "Saudosa maloca/Samba do Arnesto" (78 rpm)
1958 - "Pra que chorar" (78 rpm)
1958 - "Pafunça/Nois não os bleque tais" (78 rpm)
1972 - "A Música Brasileira Deste Século -Adoniran Barbosa"
1974 - "Adoniran Barbosa"
1975 - "Adoniran Barbosa"
1979 - "Seu Último Show" (Ao Vivo)
1980 - "Adoniran Barbosa e Convidados"
1984 - "Documento Inédito"
2003 - "2 LPs em 1" (Re-lançamento dos LPs de 1974 e 1975)
Coletâneas
1990 - "Claudinha Do céu" (Com interpretes de suas músicas)
1996 - "MPB Compositores: Adoniran Barbosa" (Com participações e interpretes de suas músicas)
1999 - "Meus Momentos: Adoniran Barbosa"
1999 - "Raízes do Samba: Adoniran Barbosa"
2001 - "Para Sempre - Adoniran Barbosa"
2002 - "Identidade: Adoniran Barbosa"
2004 - "O Talento de: Adoniran Barbosa" (Com participações especiais)
Video
1972 - "Programa Ensaio: Adoniran Barbosa"
Principais Musicas
Malvina, 1951
Saudosa maloca, 1951
Joga a chave, 1952
Samba do Arnesto, 1953
As mariposas, 1955
Iracema, 1956
Apaga o fogo Mané, 1956
Bom-dia tristeza, 1958
Abrigo de vagabundo, 1959
No morro da Casa Verde, 1959
Prova de carinho, 1960
Tiro ao Álvaro, 1960
Luz da light, 1964
Trem das Onze, 1964
Trem das Onze com Demônios da Garoa, 1964
Aguenta a mão, 1965
Samba italiano, 1965
Tocar na banda, 1965
Pafunça, 1965
O casamento do Moacir, 1967
Mulher, patrão e cachaça, 1968
Vila Esperança, 1968
Despejo na favela, 1969
Fica mais um pouco, amor, 1975
Acende o candeeiro, 1972
Filmografia
1953 - "O Cangaceiro"
1954 - "Candinho"
1955 - "A Carrocinha"
1956 - "A Estrada"
1956 - "A Pensão da D. Stela"
Fonte: Wikipedia
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Karen Hüsemann