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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quais foram as principais mudanças que se processaram na maneira de se fazer história desde o seu surgimento, no século 6º. A.C., até o Renascimento?

Por: Karen Hüsemann - Licenciando pelo Centro Universitário Claretiano


Há um consenso entre os estudiosos de que a escrita teria nascido entre os séculos 6º. E 5º. a.C. e é na segunda metade do século 5º a.C. no pequeno mundo egeu onde se deu início a arte dos poetas trágicos e despertar ou especulação dos filósofos, eu nasce a História.

Devemos iniciar nossa reflexão sobre a escrita histórica na antiguidade clássica através dos poemas Homéricos. Os poemas Homéricos continham histórias contadas oralmente, de um tempo anterior ao que escrevia e não necessariamente tinham o compromisso com a verdade.

As Epopeias Homéricas eram um dos poucos registros históricos escritos da época. E é nesse ponto que a oralidade começa a dar espaço para a escrita, auxiliada pela memória. 

Através de Heródoto inicia-se o discernimento entre poesia e história, símbolo dessa transição, a História tenta deixar de ser um gênero literário sem romper totalmente com ele, pois ainda se utilizavam de mitos para preencher as lacunas que as fontes não podiam clarificar.

Heródoto era um historiador por intensão e suas obras com sobre as guerras médicas em que escrevia para que não caíssem em esquecimento as grandes façanhas realizadas pelos gregos e os bárbaros. Para Heródoto a verdade se situa no lado oral ou do observado, em detrimento do escrito. Por manter elementos literários em suas histórias é considerado, no século 19 um farsante, um mentiroso. Voltando a ser considerado “pai da História” no período Renascentista e na atualidade.

Dosse (2002, p.21),destaca que: “ A ambivalência do discurso histórico sempre tensionado entre o real e a ficção”.

Tucídides (c.460 – c.400ª. C.) se estabelece como historiador fazendo uma crítica radical a Heródoto.

Para ele, Heródoto não passava de um Mitólogo, portanto, mentiroso. Sendo assim, Tucídides busca a verdade, para isso, precisava romper definitivamente com o método de seu antecessor. Nascem então o método e a inteligência do historiador: a crítica das fontes e a procura racional do encadeamento causal. O método radical que Tucídides utiliza é, exclusivamente, o observado. Retira o narrador para deixar falar os fatos.

O conturbado fim do Império Romano do Ocidente e o crescimento cada vez maior da igreja cristã é o cenário da emergência de um novo tipo de escrita da História.

Com um novo sistema de relações entre os homens (feudalismo), surge uma instituição: A Igreja. Dentro da Igreja surgem os pensadores, inclusive historiadores, que passam a justificar o novo modelo social que surgiu como resultado dessa lenta transição da chamada Antiguidade Clássica para a denominada Idade Média.

Dá-se o surgimento da historiografia cristã.

A diferença entre Historiografia Cristã e a Greco-Romana segundo Fontana (1998 p. 28-29): 

A greco-romana explicava os fenômenos históricos no interior da sociedade, enquanto que a cristã supõe que existe um esquema determinado vindo de fora da sociedade humana, por designo divino.

A igreja se utiliza da teoria das três ordens: 

· Clero

· Nobreza feudal guerreira

· Servos camponeses

No século 14, a Idade Média assistia a decadência do modelo das três ordens com o renascimento comercial e das cidades.

Com o fim do feudalismo, a História voltou a deixar o universo do sagrado e a procurar e entender as relações sociais humanas.

Com a queda do sistema feudal, também cai o modo de escrever história que o justificava. Transformam-se as estruturas sociais e surge o capitalismo.

Inicia-se então caminhos menos místico para se escrever história.

O humanismo está em marcha. A nova classe social necessitava de um novo discurso ideológico que justificasse seu poder econômico.

No Renascimento, século 15 rompe-se a forma como se escrevia história, sofrendo grandes transformações com três ramos mais importantes do trabalho histórico:

· A crítica documental.

· A chegada de novos instrumentos de pesquisa.

· A difusão das produções em texto escrito.

Valla (1407 – 1457) – rompeu na produção histórica ao tornar como prática comum a crítica documental. Depois de Valla, outros pesquisadores passaram a utilizar esse tipo de crítica documental, embora já estivessem armados por um arsenal de novos ramos do conhecimento, entre eles a arqueologia.

A crítica documental surgiu do desejo dos humanistas em pesquisar para conhecer as sociedades da antiguidade clássica (Grécia e Roma).

No século 16 Florentino Maquiavel (1469 – 1527) Defendeu a utilização da política da História como ferramenta importante para o exercício racional do governo.

No mesmo século, Florentino Guicciardini acreditava que a História não podia ser interpretada de maneira global do passado, segundo ele era impossível de nos dar lições dessa forma, que seria necessário estudar, investigar os fatos pitorescos e que esses fatos não poderiam ser desprezados em favor de uma visão global.

Final do século 16 na França surge os defensores de uma “História perfeita”, tendo como expoentes – Pasquier, La Popelissère e Bodin.

No século 17, essa corrente histórica foi varrida da França para o surgimento de outra que defendia a Igreja e o Absolutismo, uma espécie de Renascimento da Igreja Cristã Medieval, mas com características da sua época, destacando-se a defesa do absolutismo.

Entre o século 15 e 18, o conteúdo da produção histórica na Europa Ocidental envolve desde magia e religião até a política e a ideia de ciência histórica.

Fonte: CRC Metodologia da História - Claretiano - Batatais

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá,Hilgnner!
      Obrigada pelo comentário.
      Ressalvo que esta atividade ainda não foi corrigida pelo meu professor.
      Estou aguardando as considerações do mesmo para torná-lo legítimo.
      Grande abraço
      Karen Hüsemann

      Excluir

Saudações, caro(a) amigo (a)!
Gostaria muito que você deixasse o seu comentário nesta postagem!
Grata
Karen Hüsemann

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