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PROJETO ÁFRICA

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PLANOS DE AULA

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A lenda do capelobo

O capelobo, também chamado cupelobo, pertence ao folclore do Pará e do Maranhão. O nome parece ser uma fusão indígena-português: capê (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. A lenda lhe dá características de licantropo e, às vezes, também de vampiro.
Pode aparecer em duas formas.
Na forma animal, é do tamanho de uma anta, mas é mais veloz. Apresenta um focinho descrito como de cão, anta, porco ou tamanduá e tem uma longa crina. Peludo e muito feio, sempre perambula pelos campos, especialmente em várzeas.
Na forma semi-humana, aparece com um corpo humano com focinho de tamanduá e corpo arredondado.
Segundo Câmara Cascudo (Geografia dos Mitos Brasileiros, “Ciclo dos Monstros”) é um animal fantástico, de corpo humano e focinho de anta ou de tamanduá, que sai à noite para rondar os acampamentos e barracões no interior do Maranhão e Pará. Denuncia-se pelos gritos e tem o pé em forma de fundo de garrafa. Mata cães e gatos recém-nascidos para devorar. Encontrando bicho de porte ou caçador, rasga-lhe a carótida e bebe o sangue. Só pode ser morto com um tiro na região umbilical. É o lobisomem dos índios, dizem. No rio Xingu, certos indígenas podem-se tornar capelobos.
Segundo S. Fróis Abreu (Na Terra das Palmeiras, 188-189, Rio de Janeiro, 1931): “Acreditam que nas matas do Maranhão, principalmente nas do Pindará, existe um bicho feroz chamado cupelobo... Um índio timbira andando nas matas do Pindará chegara a ver um desses animais que dão gritos medonhos e deixam um rastro redondo, como fundo de garrafa. O misterioso animal tem corpo de homem coberto de longos pêlos; a cabeça é igual à do tamanduá-bandeira e o casco com fundo de garrafa. Quando encontra um ser humano, abraça-o, trepana o crânio na região mais alta, introduz a ponta do focinho no orifício e sorve toda a massa cefálica: 'Supa o miolo', disse o índio.”
Já segundo Lendas do Maranhão, de Carlos de Lima, o capelobo parece-se com a anta, mas é mais ligeiro do que ela, e tem cabelos longos e negros e as patas redondas. Sua caçada é feita à noite, quando sai em busca de animais recém-nascidos para satisfação de sua fome inesgotável. Se apanha qualquer ser vivente, homem ou animal, bebe-lhe o sangue com a sofreguidão dos sedentos.
Dando gritos horríveis para apavorar os que encontra, que, paralisados de medo, têm o miolo sugado até o fim através da espécie de tromba que ele introduz no crânio da pobre vítima. Esses gritos, que no meio da mata se multiplicam em todas as direções, desnorteiam os caçadores e mateiros que assim vagam perdidos, chegando, às vezes, a enlouquecer.

Lenda do caipora

Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. A palavra “caipora” vem do tupi caapora e quer dizer "habitante do mato".

No folclore brasileiro, é representada como um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça.
Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite.

No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular. é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se intensifica. Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo. Assim, reza o costume que, antes de sair numa noite de quinta-feira para caçar no mato, deve-se deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer: "Toma, Caipora, deixa eu ir embora". A boa sorte de um caçador é atribuída também aos presentes que ele oferece. Assim, por sua vez, os homens encontram um meio de conseguir seduzir esse ente fantástico. Mas fracasso na empreitada é atribuído aos ardis da entidade. No sertão do Nordeste, também é comum dizer que alguém está com o Caipora quando atravessa uma fase de empreendimentos mal sucedidos, e de infelicidade.

Há muitas maneiras de descrever a figura que amedronta os homens e que, parece, coloca freios em seus apetites descontrolados pelos animais. Pode ser um pequeno caboclo, com um olho no meio da testa, cocho e que atravessa a mata montado num porco selvagem; um índio de baixa estatura, ágil; um homem peludo, com vasta cabeleira.

Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, "ser caipora é o mesmo que ter azar, ter sorte madrasta, ser perseguido pelo destino (...). Nas lendas tupis, o caapora é representado ora como uma figura de um pé só, à maneira do saci, ora com os pés virados para trás, simbolizando por isso, como diz João Ribeiro, 'a pessoa que chega tarde e nada alcança'".

A lenda do Boto


A lenda do boto é uma lenda da Região Norte do Brasil, geralmente contada para justificar uma gravidez fora do casamento.
Os botos são mamíferos cetáceos que vivem nos rios amazônicos. Diz-se que, durante as festas juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação.
Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos engravidando-as. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de pai desconhecido, que ele é "filho do boto".

Essa lenda foi contada no cinema no filme Ele, o Boto (1987) com Carlos Alberto Riccelli no papel principal.

Boitatá (lenda)

Diz a lenda que há muito tempo atrás, uma noite se prorrogou muito parecendo que nunca mais haveria luz do dia. Era uma noite muito escura, sem estrelas, sem vento, e sem barulho algum dos bichos da floresta, era um grande silêncio. Os homens viveram dentro de casa e estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Era uma noite sem fim. Os dias foram passando e a chuva começou, choveu muito, esta chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo. Uma grande cobra que vivia em repouso num imenso tronco despertou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas. Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente. A cobra se transformou num monstro brilhante, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando elas entram na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios.

Bicho Papão ( lenda)


O bicho-papão ou papão é um ser imaginário da mitologia infantil portuguesa e brasileira, e que também surge no resto da península Ibérica, como na Galiza, na Catalunha e nas Astúrias.
O bicho-papão é a personificação do medo, um ser mutante que pode assumir qualquer forma de bicho, um ser ou animal frequentemente de aspecto monstruoso comedor de crianças, um papa-meninos. Está sempre à espreita e é atraído por crianças desobedientes.

O bicho-papão, tal como outros seres míticos como o homem do saco, sarronco ou a coca, é usado pelos pais para assustar e impedir que as crianças desobedeçam. Todas as suas representações estão associadas ao mal que pode ocorrer às crianças caso se afastem ou contrariem os pais; a expressão "porta-te bem senão vem o bicho-papão" induzia assim o respeito das crianças sobre a eventual negligência deliberada, caso o monstro realmente viesse. Sentindo-se sozinhas e desamparadas, as crianças tendem a obedecer.

Na Galiza, é um ser gigantesco mas pode também ser um trasgo ou duende. Mas, qualquer que seja a sua representação, o seu nome, que deriva do termo de conotação infantil "papar", revela a sua principal função: devorar crianças.

C. Cabral refere que na Espanha o papão tem um tamanho gigantesco, boca enorme, olhos de fogo e estômago de forno ardente.

Em Portugal, o papão é tema de uma antiga cantiga de embalar:
"Vai-te papão, vai-te embora
de cima desse telhado,
deixa dormir o menino
um soninho descansado."

Açaí (lenda)

Imagem e arte de Amarina Prado
Conta a Lenda que há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito grande. Como os alimentos eram insuficientes, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou por vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma palmeira. Inicialmente ficou parada, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, deles foi obtido um suco avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (Iaçã invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.

Lendas Brasileiras



As Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tão pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos.

Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".

Devemos considerar ainda a diferença entre Mito e Lenda. Mito é o personagem ao qual a lenda trata, pois a Lenda é a História sobre um determinado Mito.

A partir de agora conheceremos algumas lendas brasileiras. (Os títulos que estiverem lincados é que ainda estão sendo processados, por favor, aguardem)


Região Norte
Açaí
Bicho-papão
Boitatá
Boto
Caipora
Capelobo
Cobra Grande (Cobra Honorato)
Curupira
Diabinho da Garrafa
Guaraná
Iara
Lobisomem
Lua
Mandioca
Mapinguari
Matinta Perera
Muiraquita
Mula-Sem-Cabeça
Onça Maneta
Peixe-Boi
Pirarucu
Saci Pererê
Sol
Vitória-Régia


Região Nordeste
Alamoa
Bicho Homem
Cabeça de Cuia
Cuca
Negro d'água
Quibungo
Vaqueiro Misterioso


Região Centro-Oeste
Arranca Línguas
Pai do Mato
Onça da Mão torta
Mãe-do-Ouro


Região Sul
Gralha Azul
João-de-barro
Mão de Cabelo
Negrinho do Pastoreiro
Pé-de-Garrafa
Procissão das Almas


Região Sudeste
Porca dos Sete Leitões

Rômulo e Remo

Rômulo e Remo são, segundo a mitologia romana, dois irmãos gêmeos, um dos quais, Rômulo, foi o fundador da cidade de Roma e seu primeiro rei. Segundo a lenda, eram filhos de Marte e de Reia Sílvia (ou Rhea Silvia), descendente de Eneias. A data de fundação de Roma é indicada, por tradição, em 21 de abril de 753 a.C. (também chamado de "Natal de Roma" e dia das festas de Pales).
A primeira menção a Rômulo ocorre em uma das vertentes do mito de Eneias, onde este possui um filho de nome"Rhomylos", que, por conseguinte, era pai do fundador de Roma, "Rhomos". Os primeiros relatos escritos acerca de Rômulo provêm de autores gregos, especialmente de Helânico de Mitilene (século V a.C.) e Quinto Fábio Pictor, que inspiraram o relato de autores clássicos como Tito Lívio,Plutarco e Dionísio de Halicarnasso. Estes autores forneceram uma ampla base literária para o estudo da mitografia da fundação de Roma. Eles têm muito em comum, mas cada é seletivo para sua finalidade. O relato de Tito Lívio é um digno manual, justificando a finalidade e moralidade das tradições romanas para seus próprios tempos. Ele usa pelos menos uma fonte compartilhada por Dionísio e Plutarco mas os últimos são etnicamente gregos; eles abordam os mesmos assuntos romanos como forasteiros interessados, e incluem tradições de fundadores não rastreáveis a uma fonte comum, e provavelmente específicos para determinadas regiões, classes sociais ou tradições orais. Um texto sobrevivente do período imperial tardio, Origo gentis Romanae (A origem do povo romano) é dedicado as variantes, muitas vezes contraditórias, do mito da fundação.

Tanto a loba como o pica-pau, animais sagrados relacionados ao mito dos gêmeos, assim como o estupro sofrido por Reia Sílvia são características de relatos mais antigos como, por exemplo, uma das passagens do Antigo Testamento (Êxodo 2:1-10).

A Lenda

Rômulo e Remo abrigados por Fáustulo, 
por Pietro de Cortona (ca. 1643),
Museu do Louvre, Paris.
Na Eneida de Virgílio e na Ab Urbe condita libri de Tito Lívio,Eneias, filho da deusa Vênus foge de Troia com seu pai Anquises, seu filho Ascânio e os sobreviventes da cidade. Com este realiza diversas peregrinações que o levam, por fim, ao Lácio, na Itália. Lá ele é recebido pelo rei local Latino que oferece a mão de sua filha, Lavínia. Isto provoca a fúria do rei dos rútulos, Turno, um poderoso monarca itálico que havia se interessado por ela. Uma terrível guerra entre as populações da península eclode e como resultado, Turno é morto. Eneias, agora casado, funda a cidade de Lavínio em homenagem a sua esposa. Seu filho, Ascânio governa na cidade por trinta anos até que resolve se mudar e fundar sua própria cidade, Alba Longa.

Rapto das Sabinas, óleo de 
Pietro de Cortona (ca. 1627-1629), 
Museus Capitolinos, Roma.
Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba Longa, Numitor, é deposto por um estratagema de seu irmão Amúlio. Para garantir o trono, Amúlio assassina os descendentes varões de Numitor e obriga sua sobrinha Reia Sílvia a tornar-se vestal (sacerdotisa virgem, consagrada a deusa Vesta), no entanto, esta engravida do deus Marte e desta união foram gerados os irmãos Rômulo e Remo. Como punição, Amúlio prende Reia em um calabouço e manda jogar seus filhos no rio Tibre.Como um milagre, o cesto onde estavam as crianças acaba atolando em uma das margens do rio no sopé dos montes Palatino e Capitolino, em uma região conhecida como Cermalus, onde são encontrados por uma loba que os amamenta; próximo às crianças estava um pica-pau, ave sagrada para os latinos e para o deus Marte, que os protege. Tempos depois, um pastor de ovelhas chamado Fáustulo encontra os meninos próximo ao pé da Figueira Ruminal (Ficus Ruminalis), na entrada de uma caverna chamada Lupercal. Ele os recolhe e leva-os para sua casa onde são criados por sua mulher Aca Laurência.

Rômulo e Remo crescem junto dos pastores da região praticando caça, corrida e exercícios físicos; saqueavam as caravanas que passavam pela região a procura de espólio. Em um dos assaltos, Remo é capturado e levado para Alba Longa. Fáustulo, então, revela a Rômulo a história de sua origem. Este parte para a cidade de seus antepassados liberta seu irmão, mata Amúlio, devolve Numitor ao torno e dá a sua mão todas as honrarias que lhe fossem devidas. Percebendo que não teriam futuro na cidade, os gêmeos decidem partir junto com todos os indesejáveis para então fundarem uma nova cidade no local onde foram abandonados. Rômulo queria chamá-la Roma e edificá-la no Palatino, enquanto Remo desejava nomeá-la Remora e fundá-la sobre o Aventino.Como forma de decidir foi estabelecido que deveria-se indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Tal gerou divergência entre os espectadores o que gerou uma acirrada discussão entre os irmãos que terminou com a morte de Remo. Uma versão alternativa afirma que, para surpreender o irmão, Remo teria escalado o recém-construído pomerium quadrangular da cidade e, tomado em fúria, Rômulo teria assassinado-o. Remo foi sepultado em um região ao sul do Aventino, conhecida como Remoria, sendo também comemorado em 9 de maio a festa chamada Remuria (ou Lemuria) em sua homenagem.

Rômulo reinou sob roma por 38 anos, tendo sido o Rapto das Sabinas um dos fatos mais importantes de seu reinado. Rômulo falece em 11 de julho de 716 a.C. durante uma tempestade provocada pelo deus Marte, na qual é tragado para o firmamento onde é transformado no deus romano Quirino. Em outra versão Rômulo é assassinado por ordem do senado romano.

Caverna Lupercal

Em novembro de 2007, arqueólogos italianos anunciaram que tinham descoberto a caverna em que os romanos celebravam a festa da Lupercalia e onde segundo a lenda, Rômulo e Remo supostamente viveram. O especialista Andrea Carandini disse que isto é um dos maiores achados arqueológicos já feitos.A identificação da caverna não foi unânime, no entanto, arqueólogos como Fausto Zevi consideram que é sim uma dependência do palácio imperial.
fonte: wikipedia

Atlântida


A lendária ilha ou continente cuja primeira menção 
conhecida remonta a Platão 
em suas obras "Timeu ou a Natureza" e
 "Crítias ou a Atlântida".

Nos contos de Platão, Atlântida era uma potência naval localizada "na frente das Colunas de Hércules", que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e África 9.000 anos antes da era de Solon, ou seja, aproximadamente 9600 a.C.. Após uma tentativa fracassada de invadir Atenas, Atlântida afundou no oceano "em um único dia e noite de infortúnio".

Estudiosos disputam se e como a história ou conto de Platão foi inspirada por antigas tradições. Alguns pesquisadores argumentam que Platão criou a história mediante memórias de eventos antigos como a erupção de Thera ou a guerra de Tróia, enquanto outros insistem que ele teve inspiração em acontecimentos contemporâneos, como a destruição de Helique em 373 a.C. ou a fracassada invasão ateniense da Sicília em 415 a.C.–413 a.C..

A possível existência de Atlântida foi discutida ativamente por toda a antiguidade clássica, mas é normalmente rejeitada e ocasionalmente parodiada por autores atuais. Alan Cameron afirma que "só nos tempos modernos é que as pessoas começaram a levar a sério a história da Atlântida; ninguém o fez na Antiguidade". Embora pouco conhecida durante a Idade Média, a história da Atlântida foi redescoberta pelos Humanistas na Idade Moderna. A descrição de Platão inspirou trabalhos utópicos de vários escritores da Renascença, como Francis Bacon em "Nova Atlântida". Atlântida ainda inspira a literatura - da ficção científica a gibis - e o cinema. Seu nome tornou-se uma referência para toda e qualquer suposição sobre avançadas civilizações pré-históricas perdidas.

Menções na literatura
A mais antiga menção conhecida sobre a Atlântida foi feita pelo filósofo grego Platão (428-347 a.C.) em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias).Platão conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo, e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo atlante. Segundo o sacerdote, o povo de Atlântida viveria numa ilha localizada para além dos pilares de Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Atlântico começava. Quando os deuses helênicos partilharam a terra, conta o sacerdote, a cidade de Atenas ficou para a deusa Atena e Hefesto, mas Atlântida tornou-se parte do reino de Poseidon, deus dos mares.
Em Atlântida, nas montanhas ao centro da ilha, vivia uma jovem órfã de nome Clito. Conta a lenda que Poseidon ter-se-ia apaixonado por ela e, para poder coabitar com o objeto da sua paixão, teria erguido uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Desta maneira viveram por muitos anos, e desta relação nasceram cinco pares de gêmeos. O mais velho, o deus dos mares chamou Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas circulares, o deus dos mares concedeu supremacia a Atlas, dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha.

Em cada um dos distritos (anéis terrestres ou cinturões), reinavam as monarquias de cada um dos descendentes dos filhos de Clito e Poseidon. Reuniam-se uma vez por ano no centro da ilha, onde o palácio central e o templo a Poseidon, com os seus muros cobertos de ouro, brilhavam ao sol. A reunião marcava o início de um festival cerimonioso em que cada um dos monarcas dispunha-se à caça de um touro. Uma vez o touro caçado, beberiam do seu sangue e comeriam da sua carne, enquanto sinceras críticas e cumprimentos eram trocados à luz do luar.

Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral. Não só era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc., como ainda de oricalco, um metal que brilhava como fogo.

Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior. Entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas.

Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.

Pouco mais se sabe de Atlântida. Segundo Platão, foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terremoto ou Tsunami) cerca de 9000 anos antes da sua era. Segundo Roger Paranhos, em seu livro Akhenaton - A revolução espiritual do antigo Egito o continente de Atlântida foi destruído por um cometa. Talvez essa teoria possa ser corroborada pela hipótese do Cometa Clóvis, segundo a qual uma explosão aérea ou um impacto de um ou mais objetos do espaço sobre a Terra, ocorrido entre 12.900 e 10.900 anos atrás, desencadeou um período glacial conhecido por Dryas Recente e pode ter atingido o continente perdido e o submergido.

Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser dizimados pelos atenienses.
Outra tradição completamente diferente chega-nos por Diodoro da Sicília, segundo o qual os atlantes seriam vizinhos dos líbios e teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.
Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios descendentes dos atlantes.
Na cultura pop do século XX, muitas histórias em quadrinhos, filmes e desenhos animados retratam Atlântida como uma cidade submersa, povoada por sereias ou outros tipos de humanos subaquáticos.

Hipóteses sobre a localização geográfica

Locais já cogitados para
 a localização de Atlântida
 no mar Mediterrâneo.
Há diversas correntes de teóricos sobre onde se situaria Atlântida, e sobre quem teriam sido os seus habitantes. A lenda que postula Atlântida, Lemúria e Mu como continentes perdidos, ocupados por diferentes raças humanas, ainda encontra bastante aceitação popular, sobretudo no meio esotérico(não confundir com os antigos continentes que, de acordo com a teoria da tectônica de placas existiram durante a história da Terra, como a Pangeia e o Sahul).

Alguns teóricos sugerem que Atlântida seria uma ilha sobre a Dorsal Oceânica que - no caso de não ser hoje parte dos Açores, Madeira,Canárias ou Cabo Verde - teria sido destruída por movimentos bruscos da crosta terrestre naquele local. Essa teoria baseia-se em supostas coincidências, como a construção de templos em forma de pirâmide na América, semelhantes às pirâmides do Egito, facto que poderia ser explicado com a existência de um povo no meio do oceano que separa estas civilizações, suficientemente avançado tecnologicamente para navegar até à África e à América para disseminar os seus conhecimentos. Esta posição geográfica explicaria a ausência concreta de vestígios arqueológicos sobre este povo. No Google Earth podemos encontrar em 31º30'39.44"N 24º29'13.84"O um esqueleto da qual poderia ser Atlântida a 700 km a sudoeste da Ilha da Madeira.

Imagem de satélite das ilhas
 de Santorini, um dos muitos
 locais cogitados como a
 antiga localização de Atlântida.
Alguns estudiosos dos escritos de Platão acreditam que o continente de Atlântida seria na realidade a própria América, e seu povo culturalmente avançado e coberto de riquezas seria o povo Chavín, da Cordilheira dos Andes, ou os olmecas da América Central, cujo uso de ouro e pedras preciosas é confirmado pelos registros arqueológicos. Terramotos comuns nestas regiões poderiam ter dado fim a estas culturas, ou pelo menos abalado de forma violenta por um período de tempo. Através de diversos estudos, alguns investigadores chegaram à conclusão que Tiwanaku, localizada no planalto boliviano, seria a antiga Atlântida. Essa civilização teria existido de 17.000 a.C. a 12.000 a.C., numa época em que a região era navegável. Foram encontrados portos de embarcações em Tiwanaku, faltando escavar 97,5% do local.

Para alguns arqueólogos e historiadores, Atlântida poderia ser uma mitificação da cultura minoica, que floresceu na ilha de Creta até ao final do século XVI a.C. Os ancestrais dos gregos, os micênicos, tiveram contato com essa civilização culturalmente e tecnologicamente muito avançada no início do seu desenvolvimento na península Balcânica. Com os minoicos  os micênicos aprenderam arquitetura, navegação e o cultivo de oliveiras, elementos vitais da cultura helênica posterior. No entanto, dois fortes terramotos e maremotos no mar Egeu solaparam as cidades e os portos minoicos  e a civilização de Creta rapidamente desapareceu. É possível que as histórias sobre este povo tenham ganho proporções míticas ao longo dos séculos, culminando com o conto de Platão.
Uma formulação moderna da história da Atlântida e dos atlantes foi feita por Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Teosofia. No seu principal livro, A Doutrina Secreta, ela descreve em detalhe a raça atlante, o seu continente e as suas cultura, ciência e religião. Existem alguns cientistas que remetem a localização da Atlântida a um local sob a superfície da Antártica.
A localização mais recente foi sugerida pela imagem obtida com o Google Earth por um engenheiro aeronáutico e publicada no tabloide The Sun, mostrando contornos que poderão indicar a construção de edifícios numa vasta extensão com dimensões comparáveis ao País de Gales e situado no Oceano Atlântico, numa área conhecida como o abismo plano da Ilha da Madeira. Richard Freund, um arqueólogo da Universidade de Hartford, em Connecticut, diz que um tsunami inundou a antiga cidade.
Apesar das suposições do engenheiro, a região assemelha-se muito às considerações de Crítias sobre o Quadrilátero, pela sua grandeza e suas ramificações. Há também, à frente dessa gigantesca estrutura, uma pequena geometria circular, dividida em quatro secções pelas ramificações que se cruzam, conforme as menções sobre os canais que envolviam a cidade, referidos no livro de Platão.
fonte: wikipédia

Lendas e Mitos

Lendas e Mitos




Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.



De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.



Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas.

Lendas no Brasil são inúmeras, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Devemos levar em conta que uma lenda não significa uma mentira, nem tão pouco uma verdade absoluta, o que devemos considerar é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo uma parcela de fatos verídicos.

Muitos pesquisadores, historiadores, ou folcloristas, afirmam que as lendas são apenas frutos da imaginação popular, porém como sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".













Lendas brasileiras

Região Norte
Açaí
Bicho-papão
Boitatá
Boto
Caipora
Capelobo
Cobra Grande (Cobra Honorato)
Curupira
Diabinho da Garrafa
Guaraná
Iara
Lobisomem
Lua
Mandioca
Mapinguari
Matinta Perera
Muiraquita
Mula-Sem-Cabeça
Onça Maneta
Peixe-Boi
Pirarucu
Saci Pererê
Sol
Vitória-Régia

Região Nordeste
Alamoa
Bicho Homem
Cabeça de Cuia
Cuca
Negro d'água
Quibungo
Vaqueiro Misterioso

Região Centro-Oeste
Arranca Línguas
Pai do Mato
Onça da Mão torta
Mãe-do-Ouro

Região Sul
Gralha Azul
João-de-barro
Mão de Cabelo
Negrinho do Pastoreiro
Pé-de-Garrafa
Procissão das Almas

Região Sudeste
Porca dos Sete Leitões

Datas Comemorativas do mês de março

01 · Cinzas (em 2009 – esta data é móvel)
02 · Dia Nacional do Turismo
02 · Dia da Oração
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Batalha de Monte Castelo

A Batalha de Monte Castelo foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.

A operação

Em novembro de 1944, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (DIE) desviou-se da frente de batalha do rio Serchio, onde vinha combatendo há pelo menos dois meses, para a frente do rio Reno nos montes Apeninos. O general Mascarenhas de Moraes, havia montado seu quartel-general avançado na localidade de Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães, este perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros.

As posições alemãs eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em lamaçais.

O general Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia direcionar sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha, antes que as primeiras nevascas começassem a cair. Entretanto, a posição do monte Castelo se mostrava extremamente importante do ponto de vista estratégico, além de dominado pelos alemães dava pleno controle sobre a região.

Forças alemãs


A frente italiana estava sob a responsabilidade do Grupo de Exércitos C, sob o comando do generaloberst Heinrich von Vietinghoff. A ele estavam subordinados três exércitos alemães: 10º, 14º e "Exército da Ligúria", este último defendendo a fronteira com a França. O 14º era composto pelo 14º Corpo Panzer e pelo 51º Corpo de Montanha. Dentro do 51º Corpo estava a 232ª Divisão de Granadeiros (Infantaria), do general Eccard Freiherr von Gablenz, um veterano de Stalingrado.

A 232ª foi ativada a 22 de junho de 1944, e era formada por veteranos convalescentes que foram feridos na frente russa e era classificada como "Divisão Estática". Era composta por três regimentos de infantaria (1043º, 1044º e 1045º), cada um com apenas dois batalhões, mais um batalhão de fuzileiros (batalhão de reconhecimento) e um regimento de artilharia com 4 grupos, além de unidades menores. Esta formação totalizava cerca de 9.000 homens. A idade da tropa variava entre 17 e 40 anos e os soldados mais jovens e aptos foram concentrados no batalhão de fuzileiros. Durante a batalha final, ela foi reforçada pelo 4º Batalhão de Montanha (Mittenwald), que foi mantido em reserva. Os veteranos que defendiam essa posição não tinham o mesmo entusiasmo do início da guerra, mas ainda estavam dispostos a cumprir com o seu dever.

O ataque

Caberia, então, aos brasileiros a responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina.[carece de fontes] Porém havia um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda sem experiência suficiente para encarar um combate daquela magnitude. Mas como o objetivo de Clark era conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito seria o de aprender na prática, ou seja, em combate.

Assim sendo, em 24 de novembro, o Esquadrão de Reconhecimento e o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria da 1ª DIE juntaram-se à Força-Tarefa 45 dos Estados Unidos para a primeira investida ao monte Castelo.

No segundo dia de ataques tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume do monte Castelo, depois de conquistarem o vizinho monte Belvedere.

Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de Castelo e do monte Della Torracia, recuperaram as posições perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as posições já conquistadas - com exceção do monte Belvedere.

Em 29 de novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões - contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia, um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o monte Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco esquerdo do aliados.

Inicialmente a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupado suas posições e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi efetuada.

As condições do tempo mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do general Zenóbio da Costa no início conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados alemães dos 1.043º, 1.044º e 1.045º regimentos de infantaria barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero.

Em 5 de dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo de que "caberia à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere." Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por uma semana.

Mas em 12 de dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no teatro de operações na Itália.

Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã fazia suas baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera e, o pior, causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos.

A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que o monte Castelo só seria tomado dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.

Somente em 19 de fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando do 5º Exército determinou o início de uma nova ofensiva para a conquista do monte. Tal ofensiva utilizaria as tropas aliadas, incluindo a 1ª DIE, ofensiva que levaria as tropas para o vale do Pó, até a fronteira com a França.

O ataque final

Novamente a ofensiva batizada de Encore, ou Bis, utilizaria a formação brasileira para a conquista do monte e a consequente expulsão dos alemães. Desta vez a tática utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenhas de Moraes em 19 de novembro. Assim, em 20 de fevereiro, as tropas da Força Expedicionária Brasileira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo ao monte Castelo. À esquerda do grupamento brasileiro, avançaria a 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o monte della Torracia e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor.[carece de fontes]

O ataque começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do monte Castelo às 18 horas, no máximo - uma hora depois do monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o Castelo não seria tomado antes que o della Torracia também o fosse.

Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do monte Castelo, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os praças há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas.

Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo general Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barragem perfeito contra o cume do monte Castelo, permitindo a movimentação das tropas brasileiras.

Localização

Situado a 61,3 km a sudoeste de Bolonha (monumento ai Caduti Brasiliani), via Località Abetaia (SP623), próximo a Abetaia. Coordenadas 44.221799°N 10.954227°E, a 977 m de altitude.
fonte: wikipédia

Artur Bernardes

12 ° Presidente do Brasil 
Mandato        15 de novembro de 1922
a 15 de novembro de 1926
Vice-residente              Estácio Coimbra
Antecessor(a )             Epitácio Pessoa Sucessor(a)      Washington Luís                   Vida
Nascimento 8 de agosto de 1875 Falecimento 23 de março de 1955 (79 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Partido       Partido Republicano mineiro Profissão     Advogado

Artur da Silva Bernardes (Viçosa, 8 de agosto de 1875 — Rio de Janeiro, 23 de março de 1955) foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de "bernardistas".
Estudou no Colégio do Caraça. Após formar-se na Faculdade Livre de Direito, iniciou sua carreira política como vereador e presidente da Câmara Municipal de Viçosa em 1906. Foi deputado federal (de 1909 a 1910) e Secretário de Finanças de Minas Gerais em 1910. Foi eleito para um novo mandato de deputado federal (1915 a 1917). Tornou-se o líder principal do Partido Republicano Mineiro, tirando o controle do PRM dos políticos do Sul de Minas Gerais, deslocando o centro da política mineira para a Zona da Mata. Foi presidente do estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922.

Eleição para presidente da república e a Revolta dos 18 do forte

Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura Bernardes.

Antes da eleição, Bernardes teve que enfrentar o rumoroso caso das "cartas falsas" atribuídas a ele e que denegriam o ex-presidente Hermes da Fonseca.

Seu vice-presidente foi Estácio Coimbra que substituiu Urbano Santos, vice-presidente eleito, também em 1 de março de 1922, e que faleceu no dia 7 de Maio de 1922, antes de tomar posse.

O descontentamento com a vitória de Bernardes e com o governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa, foram algumas das causas do chamado Levante do Forte de Copacabana, primeira ação do movimento tenentista. Bernardes teve que fazer frente à coluna Prestes, movimento tenentista que percorreu o país pregando mudanças políticas e sociais e que jamais foi derrotado pelo governo.

Na Presidência da República

Além da oposição por parte da baixa oficialidade militar (incentivados pela revolução comunista), ele ainda confrontou uma guerra civil no Rio Grande do Sul, onde Borges de Medeiros se elegeu presidente do estado pela quinta vez consecutiva, e também o movimento operário que se fortalecia novamente. Em 1923 e 1924 ocorreram novas ações tenentistas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde ocorreu a Revolução de 1924, que levou Bernardes a bombardear a cidade de São Paulo. Tudo isso levou Bernardes a decretar o estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.

Artur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil.

Fundou a Escola Superior de Agricultura e Veterinária em sua cidade natal, Viçosa, que viria depois a se tornar a Universidade Federal de Viçosa.

Sob seu governo, o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926.

Bernardes promoveu a única reforma da Constituição de 1891, reforma que foi promulgada em setembro de 1926 e que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo, foi eleito senador em 1929.

Foi contrário à ascensão de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ao governo de Minas Gerais mas não pode evitá-la.

Vida após a presidência


Após a presidência, foi eleito senador da república, mandato que exerceu até 1930.
Artur Bernardes, no seu discurso de posse no Senado Federal, em 25 de maio de 1927, estando a cidade do Rio de Janeiro sob grande tensão e expectativa, relembrou a dificuldade que foi sua eleição presidencial de 1922 e sua presidência:

Artur Bernardes. c. 1920.
Não estará ainda na memória de todos o que fora a penúltima campanha presidencial? Nela se afirmava que o candidato não seria eleito; eleito não seria reconhecido, não tomaria posse, não transporia os umbrais do Palácio do Catete! — Artur Bernardes

Carlos Lacerda repetiria, contra Getúlio Vargas, essa frase de Bernardes, na campanha presidencial de 1950.

Participou da Revolução de 1930, que desalojou o Partido Republicano Paulista do governo federal. Foi um Revolucionário constitucionalista de 1932. Fracassado este movimento, exilou-se em Portugal. De volta ao Brasil, em 1934, foi eleito deputado federal para o mandato 1935-1939. Em 1937, porém, perdeu o mandato, devido ao golpe do Estado Novo.

Com o restabelecimento da democracia em 1945, ingressou na UDN, elegendo-se deputado federal constituinte em 1945. Criou e dirigiu a seguir o Partido Republicano. Eleito suplente de deputado federal em 1950, exerceu o mandato, em virtude de convocação, sendo eleito para um novo mandato em 1954. Bernardes defendeu, após 1945, o Petróleo e a Siderurgia nacionais. Ocupou o cargo de deputado federal até a sua morte, em 1955. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Composição do governo


Vice-presidente
Estácio de Albuquerque Coimbra

Ministros

Agricultura, Indústria e Comércio: Miguel Calmon du Pin e Almeida;
Fazenda: Rafael de Abreu Sampaio Vidal, Aníbal Freire da Fonseca;
Guerra: General Fernando Setembrino de Carvalho, Almirante Alexandrino Faria de Alencar - interino;
Justiça e Negócios Interiores: João Luís Alves, José Félix Alves Pacheco - interino, Aníbal Freire da Fonseca - interino; Afonso Augusto Moreira Pena Júnior;
Marinha: Almirante Alexandrino Faria de Alencar, Contra-almirante Arnaldo de Siqueira Pinto da Luz;
Relações Exteriores: José Félix Alves Pacheco;
Viação e Obras Públicas: Francisco Sá
fonte: wikipédia

Precedido por
Francisco Machado de Magalhães Filho
Prefeito de Viçosa
1905 — 1910
Sucedido por
Emílio Jardim de Resende
Precedido por
Delfim Moreira
Presidente de Minas Gerais
1918 — 1922
Sucedido por
Raul Soares de Moura
Precedido por
Epitácio Pessoa
Presidente do Brasil
1922 — 1926
Sucedido por
Washington Luís

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